Guerra é guerra e recorde é recorde, mesmo os que não proporcionam festejos.
Na decantada maior obra do mundo coube-nos prestar serviços e segurar as pontas, então com 2 anos de formado, sob a orientação, ou o comando, de um chefe com idéias e formação militarizadas e megalomaníacas.
Portava-se em obra como se estivéssemos em guerra. Os serviços eram as batalhas.
Neste qüiproquó a grande estratégia para superar obstáculos e suplantar o “inimigo” não poderia ser outra que precaver-se com o maior número possível de “homens” no front. “Guerras se ganham com homens”.
Assim, nossa milícia acabou compondo-se de 1.400 carpinteiros e 1.100 armadores, sob a batuta de 2 brilhantíssimos encarregados, é verdade, generais da fôrma e do aço, embora, como nós, pra lá de estonteados.
O fato permite-nos ainda hoje corrigir os que nos perguntam, nos bons botequins que freqüentamos, se de fato trabalhamos nesta obra (na época com 18.000 homens e 300 engenheiros, ou 60 homens / cada um dos outros engenheiros):
– Não! Nós é que fizemos Itaipu.
Houve participação também, é verdade, de 2 outros colegas que cuidavam de 95% dos equipamentos da barragem de terra e rocha, mas o recorde ficou cravado, dentro e fora dos botequins: a maior trapalhada administrativa em obras desde as Pirâmides do Egito (quem assistiu o filme concorda).
Já a idiotice recorde do Marechal talvez remonte a tempos bem mais antigos, se é que na idade da pedra existiam iguais aleivosias.
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