Entre 100 entendidos que visitam o local da obra, antes de iniciar, para participar ou não de concorrências, 80 só foram lá para falar abobrinhas, contar vantagens e se gabarem de estar por dentro de tudo, como se já tivessem vencido a concorrência.
19 deles, que não perdem tempo com conversa mole, fotografam e anotam, em cadernos grossos e lapiseiras importadas, absolutamente tudo o que vão encontrando no local.
Apenas 1 (um), pelo menos nas visitas que estivemos, utiliza uma agenda (ou roteiro) com tudo o que é necessário anotar. Serve não só como lembrete mas, após preenchida, será o próprio Relatório da Visita.
O que realmente interessa saber, não requer muita descrição: distância à cidade mais próxima, recursos do pronto-socorro, dados sobre hotéis, bancos, alojamentos, casas para alugar, disponibilidade de água, telefone, comércio, concreto usinado, logística para adquirir a brita e a areia, disponibilidade de locadoras de equipamentos na região, refeições, pousadas, demolições, interferências, etc. Em uns 10 minutos será preenchido (com um Sim / Não nas caixas de opções, um X nos checklists e lançando os quantitativos nas caixinhas de texto).
Como estas visitas duram cerca de 1 hora, pode-se passar o resto do tempo apreciando a paisagem, curtindo a brisa fresca ou flertando com alguma mocinha entre os curiosos na região (querendo saber o que fez tanta gente chegar de repente em um cafundó do judas daqueles).
Já os papudos precisam correr: 1 (uma) hora é pouco para todas as vantagens que têm para falar de si, e os detalhistas, ao sair, continuam anotando os resquícios do que memorizaram.
Um print screen do Roteiro / Relatório é disponibilizado a seguir:
Folha 1 / 4: Dados Preliminares, Identificações e Lembretes, etc.
Folha 2 / 4: Detalhes da Obra: Solo, Interferências, Demolições, Recursos, etc.
Folha 3 / 4: Circinvizinhança, distâncias, dúvidas, distância, dados sobre o cliente., etc.
Folha 4/4: Anotações gerais. Texto.
Veja também A Seção Técnica de Obra