Nos anos 70 nem todas as obras de médio porte contratavam almoxarifes, encarregados de almoxarifado, ferramenteiro, compradores, etc… poucos tinham conhecimento da Seção Técnica em obras.
Construía-se um galpão enorme para guarda de materiais e ferramentas e fechava-o com um reforçado cadeado de latão de 60 mm. O Mestre ficava com as chaves do cadeado.
Como estamos falando de uma ponte de 380 m de extensão (com pouquíssimos itens para armazenar) até que o processo funcionava.
O Chefe da Obra levantava os materiais necessários e o Administrativo comprava o necessário, ou requisitava por rádio à matriz aqueles que não encontrassem. As cotações eram feitas em conjunto.
O que desde aquela época fazia falta e continua até os dias hoje era uma eficiente Seção Técnica.
Ficava por conta do Chefe da Obra, ou Residente, serviços importantes, como:
- Acompanhamento e Controle;
- Compras técnicas;
- Correspondências diversas;
- Croquis, layout, desenhos, etc.;
- Diário de obra;
- Estudos de custo;
- Estudos de métodos construtivos;
- Geração, desenhos e acompanhamento de Perspectivas, PERT, Cronogramas, etc.
- Levantamento de índices;
- Levantamento de quantitativos para aquisição;
- Levantamento dos serviços adicionais para cobrança ao cliente;
- Planejamento da obra;
- Programação dos serviços (quinzenais);
- Replanejamento e reengenharia;
- Relatórios mensais;
- Serviços computadorizados (atuais);
- Outros.
A Seção Técnica, compondo-se de um único tecnólogo ou de equipe completa com engenheiro de planejamento e medições, em função do tamanho da obra, da demanda e de empresa, é imprescindível à sua organização.
Antes que deficitária, poderá ser fonte de faturamento complementar, com medições precisas, cobrança de serviços adicionais justos e redução de perdas. Além das vantagens que proporcionam as obras planejadas, programadas e acompanhadas (pelo processo que for).